Fabiana Conde, curadora do Radisson Red Campinas: “”visamos a integração de tribos” (RETRO 2017)

Uma das principais diferenças do hotel de onde eu vim para este é a forma com a qual nós conversamos com o colaborar (publicado dia 6 de setembro)

REDAÇÃO DO DIÁRIO

A Atlantica Hotels inaugurou no mês de agosto a marca Radisson RED em Campinas, a primeira bandeira da rede no Brasil. Localizado no bairro de Cambuí, o valor do investimento chegou a R$ 70 milhões. O DIÁRIO conversou com Fabiana Conde, “curadora” do empreendimento e que está na rede há 14 anos. Experiente profissional, Fabiana tem bom trânsito em áreas comerciais, já tendo atuado no departamento de Vendas da rede, no segmento econômico Hotel Direto e tendo como experiência anterior, a gerência geral do Comfort Suites Oscar Freire. O Radisson RED Campinas conta com 185 unidades habitacionais, com categorias diferentes de studios e studios suites, distribuídos em 21 andares. Acompanhe a entrevista, concedida ao editor do DT, jornalista Paulo Atzingen e transcrita pelo repórter Lucas Kina.

DIÁRIO: No Radisson Red Campinas você é Curadora. O hotel propõe ao hóspede uma percepção mais artística, ligada à moda, à música, à pintura, é isso?

FABIANA: Sim. É uma exigência da marca que consigamos ir além do tradicional como gerente e fazer com que o hóspede se identifique com a marca. Neste mês setembro, estamos nos preparando, com três parcerias engatilhadas de exposições de arte mais urbana. Já iniciamos com a parte de música, coisa que nossos restaurantes traduzem muito bem, com a pegada mais rock e techno. Eu tenho que buscar a todo momento o que acontece na cidade, procurar tendências locais também, pois se fala muito disso, de buscar influências da própria região.

DIÁRIO: Você tem alguma formação artística, além de Administração de Empresas?

FABIANA: Não, sou formada somente em Administração. Porém, sou uma “artesã xereta”, sempre criando alguma coisa. Gosto muito de artes manuais e venho de uma família de músicos. Eu em si, não toco nada, mas fui criada no meio musical. Tio, Marido, etc. Música foi uma coisa presente na minha vida, então sempre busquei novos ritmos, estilos. Temos uma playlist própria no Spotify e que condiz um pouco com tendências atuais.

DIÁRIO: Quais as diferenças na gestão de um Comfort Suites (de onde você vem) de um Radisson Red?

FABIANA: As principais são: a forma com a qual nós conversamos com o colaborar. O Red proporciona uma abordagem na qual o estilo individual de cada um fala mais alto. Aqui nós focamos no conforto, e portanto, os uniformes são tênis all-star, roupas confortáveis, camisetas. Me preparei para ver toda essa jovialidade, precisou de muito trabalho. Estou a 1 ano na curadoria do Red e é um processo de aprender os conceitos da marca. Há mais ou menos duas semanas, tivemos um treinamento com o nome de flow. A própria Carlson (Carlson Rezidor Hotel Group, dona da marca) veio aplicá-lo para nós e desmitificar o verdadeiro conceito da rede.

DIÁRIO: A mão-de-obra é formada por pessoas somente de Campinas?

FABIANA: Não, eu trouxe algumas pessoas que trabalham comigo em São Paulo; da concorrência e colaboradores de fora da área. Fiz dessa forma visando a integração de tribos diferentes nessa reconstrução.

DIÁRIO: Quais são as suas expectativas em meio ao cenário recessivo?

FABIANA: Está sendo uma surpresa muito positiva para a gente no final de semana, e percebemos que o campineiro gosta do novo produto. Até porque Campinas é considerada o Vale do Silício brasileiro, e, portanto, trazer um hotel que inspira tecnologia para uma cidade tão tecnológica no setor empresarial aumenta o nível de aceitação. As expectativas são boas tendo em vista que o hotel opera a menos de um mês. É um hotel em implantação, por enquanto não tenho números.

Serviço: