Aniversário de São Paulo abre programação do Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922

Continua depois da publicidade

Comemorações dos 468 anos da capital começaram no dia 22 de janeiro, junto com início do período dos 100 dias de programação do centenário de 22

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anuncia as comemorações do aniversário de 468 anos da cidade de São Paulo, entre os dias 22 e 25 de janeiro. A celebração marca também o início da programação do Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. O Projeto 22+100 trará uma série de atividades pontuais no período de 100 dias, contados a partir de 22 de janeiro, e terá encerramento no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador. Entre os destaques, o ator Pascoal da Conceição interpreta Mário de Andrade na performance 22+100, inspirada em Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Manuel Bandeira, dia 25, no Centro Cultural São Paulo (CCSP).

A programação do Aniversário de São Paulo apresenta os novos modernistas, artistas que, da mesma forma com que os modernistas fizeram há 100 anos, rompem com o status quo. Todas as cinco macrorregiões da cidade recebem programações: Centro Cultural São Paulo (CCSP), Centro; Casa de Cultura da Vila Guilherme, Zona Norte; Casa de Cultura Hip Hop Leste, Zona Leste; Casa de Cultura M’Boi Mirim, Zona Sul; Casa de Cultura do Butantã, Zona Oeste.

Veja também as mais lidas do DT

“Nesses 468 anos, São Paulo foi, e tem sido, palco para acontecimentos históricos do Brasil e do mundo. Um desses movimentos foi a Semana de Arte Moderna de 1922. Com isso, nada mais justo do que escolher as festividades do aniversário da cidade para dar início a cem dias de comemoração ao centenário da Semana de 22”, explica Aline Torres, Secretária Municipal de Cultura.

“Em 1922, quem apresentou o Modernismo foi a classe intelectual dos artistas. Hoje, 100 anos depois dos modernistas reivindicarem uma arte verdadeiramente nossa, quem apresenta o modernismo é a periferia pujante. Não precisa ser da academia para desenvolver cultura. A cultura da periferia exala nos poros, e não só nos livros. Hoje, a política pública chega para unir os dois, dar formação dentro da vocação do que a periferia vem fazendo, a gente está dando base para que isso aconteça. Então, essa celebração de cem anos de Modernismo nada mais é do que ações estruturantes para dar palco e voz à periferia”, ressalta Aline Torres.

Theatro Municipal (Crédito: Geovana Fraga – DT)

Aniversário da Cidade

Entre os destaques da programação, o ator Pascoal da Conceição interpreta Mário de Andrade na performance 22+100. A apresentação, exclusiva para o aniversário de São Paulo, será uma mescla do Manifesto Antropofágico, de Oswald de Andrade, com textos de Mário de Andrade e Manuel Bandeira. A performance acontece dia 25, 18h30.

No CCSP, abrindo a programação no sábado, a Cia. Parlapatões traz quatro palhaços para o espetáculo Os MeQueTreFe, com uma desconstrução da rotina cotidiana com muito humor. Em seguida, o grupo Trovadores Urbanos promove o Cortejo da Felicidade pelos espaços do CCSP. O espaço também recebe, nos dias 22, 23 e 25, a projeção mapeada “Memórias Insurgentes”, do Coletivo Coletores.

Como programação musical, o CCSP recebe, ainda, shows de Badsista, no dia 22, e Clube do Balanço convida Paula Lima, no dia 23. No dia 25, o Aniversário se encerra com o show da banda Metá Metá, no CCSP. A banda teve o seu mais recente álbum, MM3, indicado ao Grammy Latino 2017 de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.

O Vale do Anhangabaú, por sua vez, é ocupado com a intervenção A Mulher Só, da Cia. Base, no dia 25. A companhia de dança apresenta um espetáculo inspirado em pinturas da Semana de Arte Moderna de 1922. A bailarina começa a intervenção na porta do Theatro Municipal, acompanhada por um violinista, tocando uma das músicas da Semana de 22, Bachianas Brasileiras nº7, de Heitor Villa Lobos, em direção ao centro do Vale, para voar dançando em um balão.

Interior do Teatro Municipal (Crédito: Geovana Fraga – DT)

Programação descentralizada

Em todas as regiões da cidade, artistas de destaque da periferia se apresentam em equipamentos da SMC. Na Zona Leste, a Casa de Cultura Hip Hop Leste recebe shows do rapper niLL, consagrando o hip hop como uma vertente do novo modernismo. Na Zona Oeste, na Casa de Cultura do Butantã, acontecem shows das bandas Autorama e Statues on Fire.

Já na Zona Sul, a Casa de Cultura M’Boi Mirim recebe o Forró Pé-de-Serra do grupo Peixelétrico, no dia 22. Na Zona Norte, a programação da Casa de Cultura Vila Guilherme será divulgada em breve, no site e nas redes sociais da SMC.

22+100
A programação do Centenário de 22, que terá 100 dias de duração, conta com obras inéditas da nova edição do Museu de Arte de Rua (MAR). Novos endereços, em todos os cantos da cidade, recebem artes em diversos formatos, como graffiti, lambe-lambe e fotografia. As imagens terão como tema o modernismo. Entre elas, estão 22 Retratos em homenagem a 22 Modernistas, sendo releituras realizadas por artistas contemporâneos (índígenas, negros e brancos) em 22 empenas; além de intervenções com inspirações modernistas em praças na periferia e outras novas empenas na cidade.

São Paulo também ganha 100 esculturas temporárias, no formato de intervenção artística, homenageando personagens modernistas ou “novos modernistas”. Essas esculturas serão instaladas por toda a capital, especialmente na periferia, e trarão figuras emblemáticas como Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Oswald de Andrade.

Em parcerias com as secretarias de cultura de outras cidades e estados, a SMC promove também as Semanas de Arte Moderna estaduais, com obras e atrações artísticas dos novos modernistas de outros estados, em três espaços culturais da SMC, revisitando o espírito de pesquisa de Mário de Andrade.

A Vila Itororó, localizada no bairro do Bixiga, recebe a Saudosa Maloca Modernista, uma grande roda de samba com artistas clássicos e representantes da nova geração, em diversas apresentações. O termo “maloca”, que designa uma cabana comunitária indígena, ressalta o próprio espírito antropofágico do projeto, que une elementos da cultura italiana com as raízes culturais indígena e africana que marcam a história paulistana.

Entre as outras atividades propostas, estão o Final de Semana no Parque Ibirapuera; a Semana de Arte Moderninha, com programação infantil; as Conversas com Modernistas nas Bibliotecas; e os Bailões Modernistas, com bailes que privilegiam a cultura negra e indígena, trazendo traços do afrofuturismo e do neoindigenismo.

O encerramento, no dia 1º de maio, deverá acontecer no Vale do Anhangabaú, com um show a ser anunciado em breve. Por conta da pandemia de Covid-19, essa programação pode sofrer alterações, de acordo com as recomendações da Secretaria Municipal de Saúde.

Parque do Ibirapuera (Crédito: Wanderley Mattos Jr)

Theatro Municipal
O Theatro Municipal, palco da Semana de Arte Moderna de 1922, também recebe programação especial nesses 100 dias. Além da exposição Modernistas e Novos Modernistas, o espaço recebe a instalação artística Recostura, da artista Chris Tigra, que ficará na fachada principal do Theatro. Entre 10 e 17 de fevereiro, acontece uma semana de atividades com temática modernista, entre elas, apresentações temáticas do Coral Paulistano, Orquestra Experimental de Repertório, Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, show da Dona Onete e do Dj Ju Salty e estreia de novo espetáculo do Balé da Cidade.

Além disso, o Theatro Municipal promove a Expedição Modernista, junto ao Coletivo Jornal das Miudezas e Coletivo Teatro Dodecafônico, na qual os participantes caminham pelo centro da cidade fazendo paradas e realizando oficinas em três equipamentos culturais: Casa da Imagem, Biblioteca Mário de Andrade e Theatro Municipal. (De Secretaria Especial de Comunicação SP – com Edição do DT)

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade