Com objetivo de se diferenciar no mercado, redes hoteleiras estão de olho no público que faz questão de viajar acompanhado dos animais de estimação, em especial cães e gatos. A iniciativa tem motivo: empresas especializadas no segmento calculam que a receptividade aos bichinhos representa um incremento médio de 10% no faturamento. Outra vantagem para os hotéis é a possibilidade de fidelização deste tipo de público.
Para os turistas, além da comodidade de não se separar dos “amigos”, a viagem acompanhada dos animais pode representar a economia de despesas com veterinários e cuidadores. Outra vantagem é a de prevenir problemas decorrentes de longos períodos de afastamentos dos donos, quando alguns animais acabam desenvolvendo alergias, ficam deprimidos e param de comer.
“Para viabilizar o projeto, foram tomados cuidados extras, como a compra de produtos específicos para limpeza de ambientes e treinamento de funcionários sobre como receber os novos ‘hóspedes’”, afirma Frank Pruvost, diretor de operações para a América do Sul de uma rede hoteleira que passou a receber os pets de até 15kg em junho deste ano.
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Pruvost diz ainda que a decisão de aceitar os animais foi adotada após testes em cinco hotéis da rede onde ele atua para verificar a aceitação dos hóspedes. “Obtivemos ótimos resultados. Como os usuários aprovaram a iniciativa, decidimos implantar o programa nacionalmente”, acrescenta o executivo.
As regras e preços para a estadia de animais domésticos variam de acordo com cada hotel, mas em geral, há limitações, tais como peso e tamanho dos animais, além de circulação restrita a quartos e áreas pré-definidas. Outra exigência comum é a de que os donos apresentem cartões de vacina atualizados de cães e gatos além de assinar termo de responsabilidade por eventuais danos causados pelo animal.
Companhias aéreas
As regras e preços para viajar com os bichinhos em aviões também variam de acordo com cada empresa. Em geral há limitação de peso para transporte dentro da cabine e exige-se que sejam devidamente acomodados dentro de uma caixa de transporte – somados, animal e caixa não podem pesar mais que 7kg, a depender da companhia. Para conscientizar os passageiros sobre as espécies permitidas a bordo, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) lançou uma cartilha com orientações sobre segurança e bem-estar dos mascotes dentro dos aviões. O documento pode ser acessado no site da Abear.
MVB