As autoridades de saúde da Flórida publicaram novas regras para exigir documentos de pessoas que serão vacinadas contra a covid-19. A medida foi tomada para interromper o chamado “turismo de vacinas”, após relatos de que estrangeiros viajaram até o Estado para serem imunizados contra a doença.
Dow Jones Newswires – com Edição do DT
Em um comunicado, o cirurgião-geral da Flórida, Scott Rivkees, disse que os moradores da Flórida devem ser priorizados. Todos aqueles que estão aplicando as doses devem garantir que os vacinados morem no Estado, exigindo documentos como a carteira de habilitação ou a declaração de hipoteca. A única exceção são profissionais de saúde que têm contato direto com os pacientes.
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“A vacina contra a covid-19 permanece em escassez nos EUA e a disponibilidade na Flórida é extremamente limitada”, disse Rivkees no comunicado.
A mudança ocorreu após preocupações das autoridades de saúde e dos próprios moradores da Flórida de que o Estado se tornasse um destino para o “turismo de vacinas”.
Há um temor crescente de que turistas se aproveitem da decisão tomada em dezembro de disponibilizar a vacina para pessoas com mais de 65 anos, inclusive para quem não vive na Flórida.
Os relatos de que duas argentinas se vacinaram durante uma visita a Miami geraram protestos na Flórida. Uma empresa de jatinhos particulares no Canadá disse que alguns clientes expressaram interesse de voos para o Estado para conseguir se vacinar.
O prefeito de Miami, Francis Suarez, disse que se opõe à prática e que explorará todas as opções legais para evitá-la. Pressionado sobre o assunto nas últimas semanas, o governador da Flórida, Ron DeSantis, disse que tomaria medidas para desencorajar que pessoas fossem ao Estado para se vacinar.
No entanto, DeSantis disse não ver problemas em vacinar aqueles que possuem uma casa de veraneio na Flórida, um dos principais destinos turísticos dos EUA.
