EXCLUSIVO DT: Candidato Bruno Covas (PSDB) expõe o seu plano de governo para o turismo de São Paulo

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O DIÁRIO DO TURISMO entrevistou os dois candidatos a prefeito de São Paulo. A proposta é que eles apresentem os seus projetos para o turismo da cidade

   POR ZAQUEU RODRIGUES


No dia 29 de novembro acontece o segundo turno das eleições 2020. Em São Paulo concorrem à prefeitura os candidatos Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL).

O novo prefeito encontrará um cenário desafiador desenhado pela pandemia. Com mais de 39 mil mortes pela Covid-19, a cidade de São Paulo é o epicentro da pandemia no Brasil.

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No setor de turismo, os impactos são incalculáveis. A pandemia jogou o setor na maior crise da sua história e provocou uma série de fechamentos e demissões. A crise sanitária deve impor perdas de até R$ 161,3 bilhões ao setor turístico brasileiro nos anos de 2020 e 2021, segundo um estudo da Fundação Getulio Vargas.

A falta de linhas de créditos acessíveis às pequenas e médias empresas é um dos grandes entraves encontrados pelos empresários do setor para manter o negócio em pé.

Para entender como será a gestão do turismo na maior cidade do Brasil, o Diário do Turismo conversou com os candidatos que disputam o segundo turno na cidade.

Nesta entrevista ao DIÁRIO, o candidato Bruno Covas explica qual será o papel do setor de turismo no seu governo, fala sobre os destinos do Complexo do Anhembi e do Carnaval 2021, o potencial turístico do centro histórico e diz como ajudará na retomada do setor

DIÁRIO – Se o senhor for eleito prefeito de São Paulo, qual será o papel do setor de turismo em seu governo?

Bruno Covas: O turismo já tem prioridade em meu governo. E terá ainda mais no meu próximo mandato. Apoiamos e incentivamos eventos como o Carnaval, São Paulo Fashion Week, Grande Prêmio Brasil, a Parada do Orgulho LGBT+, as Viradas Cultural e Esportiva. Fizemos a edição da São Paulo Tech Week, considerada a maior semana de inovação e estímulo a start-ups do mundo, superando até a London Tech Week em número de eventos. O comércio popular em áreas como a 25 de Março, Bom Retiro, Brás, Pari e o Mercado Municipal atraem pessoas de todas as partes do Brasil e de outros países. No meu Plano de Governo temos prevista a criação de um Centro de Inteligência da Economia do Turismo, o Descomplica Eventos e um programa de incentivo aos polos de Ecoturismo de Parelheiros, Marsilac, Ilha do Bororé e Cantareira.

O turismo já tem prioridade em meu governo. E terá ainda mais no meu próximo mandato. Apoiamos e incentivamos eventos como o Carnaval, São Paulo Fashion Week, Grande Prêmio Brasil, a Parada do Orgulho LGBT+, as Viradas Cultural e Esportiva

DIÁRIO –  O turismo foi um dos setores mais afetados pela pandemia. Muitas empresas fecharam as portas por falta de crédito. Que ações o senhor fará para facilitar o acesso às linhas de crédito aos pequenos empreendedores e ajudá-los na retomada?

Bruno Covas: Para atrair mais turismo, iremos investir na revitalização de bibliotecas e demais equipamentos de cultura, levando mais saber, lazer e entretenimento às regiões mais periféricas da cidade. Também queremos focar no investimento público e estimular o setor privado ajudando os pequenos empresários a retomarem seus negócios, gerando mais empregos. Vamos continuar reduzindo a burocracia na cidade para atrair mais investimentos. Também é preciso estimular o compre local, como uma forma de ampliar os espaços de comércio aqui da cidade de São Paulo. Na qualificação e no atendimento aos empreendedores, são hoje 35 pontos espalhados pela cidade de São Paulo, uma ação inclusive muito maior do que aquela feita pelo Sebrae, que tem sete pontos espalhados pela cidade e que já atendeu 200 mil pessoas. Nesses últimos quatro anos, qualificamos 185 mil trabalhadores, e esse número tende a crescer na próxima gestão, por conta da necessidade de investimento em qualificação, decorrente da pandemia.

DIÁRIO –  Pela localização e oferta de equipamentos, o centro de São Paulo tem um grande potencial turístico, mas sofre com a falta de segurança. Quais ações concretas o senhor colocará em prática para promover o turismo na região central?

Bruno Covas: Estamos realizando diversas ações para revitalizar o centro de São Paulo. Vamos investir na área do triângulo histórico da cidade, no grande calçadão, que fica entre as Ruas Boa Vista e Líbero Badaró, o Largo São Francisco e a Praça da Sé, onde circulam 600 mil pessoas diariamente. Vamos criar Distritos Criativos nesta área, estimulando as startups, os bares e os restaurantes, impulsionando a geração de emprego e renda. Estamos reformando as calçadas e melhorando a iluminação pública, e vamos dar benefícios fiscais para que o comércio e outros estabelecimentos possam funcionar depois das 18 horas e aos finais de semana. Instalamos câmeras de vigilância na região central e reforçamos a presença da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para diminuir o índice de criminalidade. Fizemos a reforma do Novo Vale do Anhangabaú, que vai se tornar uma nova Avenida Paulista aos finais de semana com espetáculos, onde também serão realizados eventos como a São Paulo Fashion Week.  Essas melhorias no Vale também vão ajudar na geração de emprego e renda na cidade.

Estamos realizando diversas ações para revitalizar o centro de São Paulo. Vamos investir na área do triângulo histórico da cidade, no grande calçadão, que fica entre as Ruas Boa Vista e Líbero Badaró, o Largo São Francisco e a Praça da Sé

DIÁRIO – A corrida de Fórmula 1 é um evento muito importante para São Paulo. O que o senhor fará para manter o evento na cidade e em quais condições?


Bruno Covas: Numa ação conjunta entre a Prefeitura e o Governo do Estado conseguimos garantir que o Grande Prêmio da Fórmula 1 continue sendo realizado em Interlagos.

DIÁRIO – Outro evento primordial para o turismo e a economia da cidade é o Carnaval. Como o senhor irá trabalhar o Carnaval de 2021? Irá cancelar ou adiar?

Bruno Covas: Apostamos nos grandes eventos aqui da cidade. O carnaval de rua esse ano atraiu mais de 15 milhões de pessoas. E trouxe para São Paulo benefícios de mais de R$ 2 bilhões. Os hotéis ficavam praticamente vazios em época de carnaval aqui na cidade de São Paulo, e nesse ano tiveram uma taxa de ocupação de mais de 90%. Por conta da pandemia, a realização do carnaval em fevereiro de 2021 foi adiada. Existe a previsão de que possa ser realizado em maio do ano que vem, mas vamos aguardar o momento exato para anunciarmos uma nova data.

DIÁRIO –  O turismo corporativo é muito importante para São Paulo. Em sua gestão, qual será o futuro do Pavilhão do Anhembi?

Bruno Covas: Estamos estudando mudança no modelo de negócios da desestatização do Complexo do Anhembi. Em vez de vender o Sambódromo, o Pavilhão de Exposições e o Palácio das Convenções, a ideia é conceder a gestão dos espaços por um período a ser definido. As regras deverão ser as mesmas de antes, como a disponibilização do Sambódromo para as escolas de samba durante o carnaval.

A entrevista do DIÁRIO com o candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), será publicada nesta terça-feira, 24
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