Bruno Omori, presidente da ABIH-SP, divulga o balanço inicial da crise na hotelaria

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EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências

“A crise de distribuição de combustíveis no final de semana passado, 25 a 27 de maio, provocou o cancelamento de reservas de hospedagens nos destinos de lazer, eventos e negócios em todo Estado de SP, especialmente nos destinos de inverno, que já estariam com alta ocupação e que tiveram mais de 50% de cancelamentos das diárias motivado pela falta de combustíveis para os turistas chegarem aos destinos, gerando um prejuízo financeiro de mais de R$ 1,8 milhões somente em diárias, impactando também  em mais de 52 segmentos da economia em cerca de  R$ 10,8 milhões”.

A informação é de Bruno Omori, presidente da ABIH-SP, ao divulgar o balanço inicial da crise e expectativas para o feriado prolongado desta semana. “No período de 28 a 30 de maio os impactos negativos afetarão principalmente os destinos de turismo de negócios e eventos, entre eles,  a capital e o interior de negócios, com cancelamento de hospedagens, especialmente de hóspedes que viriam em carro próprio, gerando cerca de 50% de cancelamento nas reservas. O prejuízo econômico atingiu a marca de mais de R$ 6 milhões e nos 52 segmentos do turismo cerca de  R$ 60 milhões”, enfatiza Omori.

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Segundo o presidente da ABIH-SP, a projeção para o setor hoteleiro no feriado prolongado, caso não seja normalizada a distribuição de combustíveis, é a seguinte:

  • Na Capital, que tem Eventos Religiosos (marchas e feiras), e a Parada GLBT, devem ser canceladas as reservas de praticamente todos os turistas que viriam com seu veículo próprio; o impacto será menor considerando os turistas que virão de avião ou ônibus. Por serem eventos de rua e gratuitos, historicamente os visitantes ficam hospedados, em sua grande maioria, nos hotéis/meio de hospedagens supereconômicos e econômicos. Cerca de 90% destes hospedam-se na região da Paulista e Centro principalmente. A estimativa de queda é de até 40% neste caso, que impactariam em prejuízos superiores a R$ 1,8 milhões em diárias e, para os 52 segmentos ligados ao turismo, a conta negativa estimada é superior a R$ 80 milhões.
  • No Litoral e destinos de lazer do interior, o feriado prolongado seria a salvação do faturamento do final de Maio e começo de Junho, pois neste período o turismo de lazer atingiria uma ocupação próxima a 80% e no Litoral de 65%, nestes o impacto da falta de combustível deve ser maior, pois em geral 90% dos deslocamentos deste público são efetuados com carros próprios. Portanto os  cancelamentos de diárias poderão ser de 70%   caso o turista não tenha condições de chegar ao destino, ou seja, reduzindo a ocupação em patamares de 24% e 19% durante o feriado, com mais de R$ 25 milhões de prejuízos diretos em hospedagens e mais de R$ 250 milhões nos 52 segmentos relacionados.

Quem paga a conta?

“Quem paga esta conta? Novamente os empresários,consequentemente os colaboradores e a população, pois a conta no final do mês não fechará e demissões terão que infelizmente ocorrer, além de um possível retrocesso novamente, em um ano que estávamos com a retomada da economia em SP e no Brasil”, conclui Bruno Omori.

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