Feiras comerciais continuam reunindo a oferta e demanda dos principais segmentos da economia

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Atuar em feiras não é apenas ouvir alguns discursos bonitos e levar uma maleta com seus produtos

Shirley Salazar*

Apesar de ter vivenciado o mundo da organização das feiras, tendo sido esse o meu tema para apresentação de minha dissertação de Mestrado, poucas vezes alguém chegou a conversar ou me questionar minha visão sobre esse tipo de evento tão particular, e de tamanha visibilidade.

Atuar em feiras não é apenas ouvir alguns discursos bonitos e levar uma maleta com seus produtos e/ou serviços para expor em determinada data, horário e local, mas desenvolver um evento que atenda a oferta e a demanda de um segmento.

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Desde a época medieval, as Feiras ocorriam em datas específicas, onde – certamente – seus participantes comercializariam seus produtos e ainda louvariam os santos daquela paróquia, em seus dias de consagração.

Atingindo um porte maior e unindo o útil ao agradável, ainda afirmo que as Feiras Comerciais – existentes na atualidade – são uma fusão das Feiras Medievais e das Exposições Universais.

Devidamente formatadas e adequadas ao binômio Feiras Medievais + Exposições Universais = Feiras Comerciais, esse tipo de evento uniu o desejo de se comercializar produtos a intenção de se apresentar ao mundo as novas tecnologias.

Se nas Feiras Medievais  os compradores podiam tocar e experimentar os produtos a serem adquiridos, nas Exposições Universais eram totalmente proibidos de fazê-lo, assim como também eram proibidos de precificar qualquer item em exposição.

Na atualidade, as Feiras Comerciais são eventos únicos, com data, hora e local específicos para que ocorram, uma vez que um atraso na realização das mesmas (dias antes ou depois), podem prejudicar e até inviabilizar as vendas dos referidos produtos, uma vez que o prazo de produção pode ser insuficiente para que sejam entregues a tempo de serem comercializados no comércio.

Na atualidade, as Feiras Comerciais são eventos únicos, com data, hora e local específicos para que ocorram

E quando falo que a Feira Comercial é o melhor tipo de evento para a indústria, afirmo categoricamente que não há evento que reúna tantos interessados em seus produtos, em tão curto espaço de tempo. Quando você, prezado(a) leitor(a), conseguiria contatar mais de 40 mil pessoas, interessadas em seus produtos ou serviço, em apenas 4 dias?

Por mais estrategistas que sejamos, participar de uma Feira Comercial exige um planejamento detalhado.  Toda e qualquer participação deve contemplar os recursos materiais, recursos humanos, além dos recursos financeiros.

Participar de uma Feira Comercial exige visão: mostrar seus produtos ou serviços para seus potenciais clientes (aqui, falamos especificamente de feiras de público dirigido), demanda ter uma análise sobre o seu momento atual e o momento pós-feira. Se hoje você tem uma instalação que comporta a produção de 1.000 unidades e pretende aumentar essa produção, participando desse evento, deve ter em mente que sua produção – certamente – irá aumentar, o que demanda a contratação de mais mão-de-obra, ampliação de instalações, mais investimentos em maquinário e elevação de valores de água, luz e salários/encargos.

Se você não pensa em crescer de modo consolidado, com uma infraestrutura para atender a demanda gerada por sua participação nesse grande evento, melhor nem se aventurar. O dano de imagem pode ser maior.

Quando ouço alguma pessoas dizendo que participar de Feiras Comerciais é uma grande perda de tempo, vejo o quão míopes são. Feiras de público-dirigido, como as que são organizadas aqui no Brasil e perfeitamente conduzidas por uma legislação vigente e uma entidade forte, como é o caso da UBRAFE, são sinônimos de sucesso.

Promotores e organizadores dessas Feiras Comerciais, independente do segmento em que atuem, envidam todos os esforços para trazerem visitantes a esses eventos, e buscam por ações que resultem em agentes facilitadores para o público comprador, exportador ou importador de tais produtos.

O mercado de Feiras Comerciais certamente mudou. Hoje, aquele que não acolher seu visitante e/ou comprador de modo hospitaleiro tende a perder mercado. Muito mais que uma marca, a qualidade no atendimento é vital. E aí, a escolha de sua equipe para participar no evento é crucial. Pessoas de cara fechada e que não gostam de gente, estão dispensadas de estarem na linha de frente da força de vendas.

Ao contrário das Exposições Universais, o comprador/visitante pode ver e tocar no produto a ser comprado. Aliás, esse agente facilitador possibilita 50% da venda do produto. Os 50% restantes ficam por conta da força de vendas.

Participar de Feiras Comerciais é uma das formas mais comuns de análise da concorrência

Além de tudo que citamos acima, participar de Feiras Comerciais é uma das formas mais comuns de análise da concorrência. Naquele espaço físico, seus concorrentes também estarão presentes, atraindo o mesmo público. No entanto, dependerá de você e de suas ações hospitaleiras a efetiva comercialização de produtos e a satisfação de seus clientes.

Se eu fosse você, pensaria muito bem a respeito. E faria excelentes negócios na próxima edição da Feira Comercial de seu segmento de atuação.

Bons negócios!

*Shirley Salazar é Mestre em Hospitalidade e Docente em Cursos de Tecnologia, Graduação e Pós-Graduação nas áreas de Turismo, Eventos, Hospitalidade e Gastronomia. É Diretora da Mestres da Hospitalidade.

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