Costa do verso em Marfim

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Por Paulo Atzingen*

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A Costa do Marfim falou algo
ao meu lado
humano
fragmentado
por notícias
deste mundo
americano

Sua capital
tem vanguarda
arquitetônica
Abidjan
cidade empresarial
Com sotaque francês
e o mar em
Grand Bassan
lembra sem engano
o nosso
litoral baiano.

Em Yamossoukro
capital administrativa
cidade Natal
de Félix Boigny
o presidente
ergue-se a Basílica
Nossa Senhora da Paz
monumental
um presente
ao cristão
ao povo
marfinense.

Os artesãos Bouaké
fazem obras
em argila esculpidos
E mais ao norte
os pintores de tela
do extrato da planta
tingem
Seus tecidos.

Já os Senoufo
tecem batas
vestidos calças
com bordados bem complexos
cores vivas
e motivos africanos
são
a assinatura
de sua
original extirpe
sua essencial cultura.

Os rituais africanos
compõem a paisagem
das tradições deste povo
na dança Boloye
ritos de passagem
mostram o culto,
a indumentária, a máscara
de uma antiga
linhagem.

Os reis e sua corte
são um capítulo à parte
uma espécie de poder
paralelo
com suas regras e leis
fazem uma ponte
um elo
entre o antigo
e o moderno
entre a tribo
e o eterno.

Nesta primeira viagem
Ao país dos ancestrais
não foi possível ver
tudo
por exemplo
os parques nacionais
mas a essência
de seu povo
a alegria, a sinceridade
e a vontade em acertar
é o que distingue
esta nação
das demais.

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São Paulo, 31 de outubro de 2019

*Paulo Atzingen é jornalista

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