A Rolls-Royce procurou tranquilizar clientes e investidores nesta terça-feira depois de ter descoberto fissuras nas lâminas dos compressores usados em seu motor Trent XWB, usado no avião Airbus A350.
Financial Times
A empresa, que já gastara bilhões para resolver uma série de problemas no motor Trent 1000, usado no Boeing 787 Dreamliner, informou que foram identificados sinais de desgaste nas lâminas do compressor de pressão intermediário de um “pequeno número de motores [Trent XWB] com quatro a cinco anos de serviço”.
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É a primeira vez em que se identificam problemas de durabilidade no motor mais novo e mais bem-sucedido do grupo. A descoberta é mais um golpe para a empresa, que na semana passada viu suas ações caírem para o menor valor em mais de dez anos.
Existem cerca de 800 motores Trent XWB, incluindo os sobressalentes, com cerca de 100 deles em uso há quatro anos ou mais. Pelo que se sabe até agora, as fissuras foram descobertas em uma ou duas lâminas de cerca de 20 motores durante inspeções de rotina no início de julho.
Nenhum motor Trent XWB-84 teve qualquer tipo de problema em voo, mas todos os que tiverem tempo de serviço similar passarão por inspeção, destacou o grupo.
A declaração chega um dia antes do anúncio de uma diretriz de navegabilidade aérea do órgão supervisor da segurança aérea na União Europeia que exigiria as inspeções. A Rolls-Royce informou que quis antecipar-se para evitar especulações causadas pelas determinações do órgão.
“Não esperamos que esse anúncio crie custos materiais anuais ou interrupções significativas para os clientes”, segundo a Rolls-Royce. Os custos estão estimados em menos de 50 milhões de libras esterlinas (US$ 65,3 milhões). Os motores novos passaram por inspeções sem que nenhum problema fosse identificado.
