“Guias de turismo em breve mostrarão sua força, o pior já passou”, diz presidente da Fenagtur

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Nesta segunda-feira (10), se comemora o dia do Guia de Turismo no Brasil. A data serve para ressaltar a vital importância deste profissional no elo dessa corrente tão impactada que foi (e que é) o turismo nesta pandemia inacabada. O guia de turismo já foi inúmeras vezes apresentado pelo DIÁRIO DO TURISMO como um professor de história, um embaixador da cidade e um representante da cultura de uma região. Às vezes é mais do que isso: é companhia insubstituível em um lugar que não se conhece, peça fundamental na realidade de qualquer destino. A este profissional rendemos nossas homenagens.

REDAÇÃO DO DIÁRIO


O DT que acompanhou várias reivindicações, lutas e conquistas dessa categoria nos últimos anos, apresenta abaixo uma entrevista com o presidente da Federação Nacional de Guias de Turismo – Fenagtur, Henrique Dantas, entidade que tem sob seu guarda chuva 12 entidades sindicais representativas, totalizando cerca de 1000 guias sindicalizados. Acompanhe:

DIÁRIO- Hoje, dia 10 de maio se comemora o dia do Guia de Turismo. O que se tem para comemorar?

O dia 10 de maio é especial. Por que representa luta, conquista pelo reconhecimento da profissão quando o Guia de Turismo foi reconhecido pela Lei Federal 8.623 e o Decreto 946, ambos em 1993. Foi um movimento legítimo de articulações que buscou fazer entender a importância do trabalho do Guia de Turismo no turismo brasileiro.

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DIÁRIO- Em um ano de pandemia quais as lições que o profissional guia de turismo aprendeu, sob o seu ponto de vista.

A Pandemia parou o mundo. O profissional Guia de Turismo é o último elo da cadeia de serviços ao turista. Lamentavelmente as pessoas foram impedidas de se deslocar, de se divertir, de viajar; isso impactou o Setor do Turismo que depende exclusivamente de fluxo de pessoas para acontecer. Imagine hotéis, restaurantes, parques, comércio, cidades sendo fechadas, naturalmente isso impactou fortemente o trabalho do guia de turismo, que depende, na sua grande parte, de pessoas em seu território para apresentar sua cidade.

Diante disso, fomos sufocados, impedidos de trabalhar pela ausência de turistas/visitantes. Muitos buscaram se adaptar diante do desafio, outros tiveram dificuldades porque sempre dependeram do trabalho de guiamento.

DIÁRIO- Como você analisa a resposta do poder público no atendimento aos pleitos dos guias de turismo durante a pandemia

A Pandemia pegou a todos de surpresa, ninguém ou instituição estavam preparados. Dentro do possível a categoria teve ajuda pontual em algumas cidades diante do trabalho incansável dos sindicatos nos estados. O poder público ajudou quando pôde, encaixando em políticas que contemplavam outras categorias. Lamentavelmente não existiu um programa do Governo Federal que atendesse especificamente os Guias de Turismo que foram impactados diretamente pela falta de trabalho.

Isso mesmo, falta de trabalho! Mesmo sendo reconhecido por lei, o Guia de Turismo é um profissional liberal que trabalha autonomamente sem garantias trabalhistas; imaginemos então diante da Pandemia. Infelizmente quem poderia ter ajudado a categoria não o fez. Tentativas e mais tentativas justificando a fragilidade social da categoria foram em vão diante do poder público federal.

DIÁRIO- Qual sua mensagem ao profissional guia de turismo brasileiro?

Desejamos que o momento de retomada seja de esperança por dias melhores ao turismo brasileiro. O momento mais difícil já superamos, que possamos diante da vacina acreditar que os profissionais Guias de Turismo logo estarão mostrando sua força e importância diante dos destinos pelo Brasil.

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