IATA pede ao setor da aviação e governos que trabalhem juntos para manter a aviação segura em meio às crescentes ameaças à segurança

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A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) na semana passada pediu ao setor da aviação e aos governos que trabalhem juntos para manter a aviação segura em meio às crescentes ameaças à segurança e a previsão de demanda de passageiros duas vezes maior, devendo atingir 8,2 bilhões até 2037.

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências

“Voar é seguro. Mas manter essa segurança não é uma tarefa fácil, pois as ameaças estão evoluindo. A paisagem geopolítica é complexa. A tecnologia muda rapidamente. E os volumes de carga e de viajantes continuam crescendo. Os padrões globais e a colaboração entre governos e o setor são o alicerce do nosso sucesso contínuo”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA, durante um discurso na conferência mundial da AVSEC em Miami, Flórida.

A IATA pediu que todos os envolvidos adotem padrões globais, compartilhamento de informações, análises baseadas em riscos e que mantenham atenção às ameaças emergentes para proteger a aviação nas próximas décadas.

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Padrões globais

Os padrões globais de segurança da aviação foram estabelecidos em um acordo entre os governos por meio da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) e são apresentados no Anexo 17 da Convenção de Chicago.

“Já se passaram 45 anos desde a inclusão do Anexo 17 na Convenção de Chicago. Mas ainda muitos estados estão lutando para implementar os requisitos básicos do Anexo 17. Uma fragilidade em qualquer parte do sistema afeta a todos. O objetivo é que o Anexo 17 seja adotado por 100% dos estados. Os países desenvolvidos devem com urgência fornecer uma assistência mais abrangente aos países em desenvolvimento para garantir que as medidas básicas de segurança sejam cumpridas”, disse Alexandre de Juniac.

Compartilhamento de informações

“As ameaças continuarão evoluindo e se tornarão cada vez mais complexas. Aqueles que desejam causar danos à aviação não têm lealdade ao estado, pois cruzam fronteiras para compartilhar informações e refinar seus métodos de causar caos e destruição. O foco dos governos deve estar na proteção das pessoas. E isso não pode ser feito com pensamento isolado. Precisamos melhorar o compartilhamento de informações”, disse Alexandre de Juniac.

Soluções sustentáveis baseadas em riscos

“Depois do 11 de setembro, o investimento na segurança da aviação aumentou exponencialmente. Não há dúvida de que isso deixou os voos mais seguros. Mas a eficiência do sistema precisa ser constantemente testada. Os governos precisam buscar conceitos de segurança baseada em risco que direcionam os recursos para os aspectos onde a necessidade é maior”, disse Alexandre de Juniac.

As áreas principais de abordagem prioritária incluem:

  • Verificar com segurança os milhões de funcionários de aeroportos e companhias aéreas que têm acesso às aeronaves.
  • Acabar com medidas extraterritoriais que muitas vezes exigem que as companhias aéreas assumam certas responsabilidades do governo.[1]
  • Melhorar a segurança dos passageiros, mesmo que o número de passageiros dobre nas próximas duas décadas.

Adaptação às novas ameaças à segurança

A IATA pediu mais atenção do governo e do setor nas ameaças emergentes, incluindo as ciberameaças.

“A transformação digital da indústria da aviação é muito promissora. Mas devemos garantir sistemas de aviação seguros, protegidos e resilientes frente aos ciberataques. O diálogo construtivo e o compartilhamento oportuno de informações entre o setor, os provedores de tecnologia e os governos serão fundamentais se quisermos atingir esse patamar”, disse Alexandre de Juniac.

A IATA trabalha com as companhias aéreas, grupos envolvidos no setor e outros segmentos para fornecer uma estratégia no início do próximo ano que será uma mudança na forma como o setor aborda o desafio das ciberameaças.

 

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