Associação de Hotéis e Restaurantes de Maresias protesta contra mudanças no Plano SP

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A Associação de Hotéis, Pousadas, Bares e Restaurantes de Maresias, principal polo turístico do município de São Sebastião e do litoral Norte de São Paulo, deverá aderir à Fase Vermelha do Plano São Paulo no enfrentamento à COVID-19, a partir dessa segunda-feira, 25 de janeiro.

REDAÇÃO DO DIÁRIO


No entanto, a APHM-BR por meio de uma carta-protesto, vem a público demonstrar sua a indignação e preocupação em relação às medidas anunciadas que colocaram o município de São Sebastião na Fase Vermelha do Plano São Paulo. Na carta, transcrita integralmente abaixo, a diretoria da associação garante que seus associados seguiram à risca todos os protocolos exigidos pelos órgãos de saúde e que cumpriram todas as medidas sanitárias estabelecidas e que essas mudanças abruptas de fase do Plano SP prejudicam frontalmente a atividade dos seus filiados. A carta afirma ainda que a falta de planejamento do Governo do Estado de São Paulo se apresenta em medidas descabidas e autoritárias. Ao final, Solicitam uma adequação urgente ao Plano para a região, apontando estudos que comprovam a necessidade das restrições impostas pela Fase Vermelha. Abaixo, o documento:

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A Associação de Hotéis, Pousadas, Bares e Restaurantes de Maresias vem a público manifestar sua indignação e preocupação em relação às medidas anunciadas que colocaram o município de São Sebastião na Fase Vermelha do Plano São Paulo.

O setor de hospitalidade sofreu duras perdas durante o período da quarentena em 2020. Tão logo foi permitida a abertura, os hotéis, restaurantes e demais serviços cumpriram rigorosamente com todas as medidas sanitárias, distanciamento, limite de ocupação, EPIs para os colaboradores, aferição de temperatura, adequação dos espaços, entre outros. Muitos profissionais do setor trabalharam corretamente e estão sendo punidos injustamente mais uma vez.

A falta de planejamento do Governo do Estado de São Paulo se apresenta em medidas descabidas e autoritárias, sem qualquer antecipação aos empreendedores, prejudicando meios de hospedagens, receptivos, restaurantes, bares e comerciantes em geral que, em sua maioria, já haviam se preparado com estoques, realizando reservas antecipadas, a compra de produtos perecíveis, e a contratação de colaboradores para a temporada de férias. Os maiores prejudicados, nesse momento, são os restaurantes: ao permitir apenas a modalidade de entregas, muitos funcionários poderão perder seus empregos e, sem a perspectiva da renda emergencial, ficarem sem qualquer meio de subsistência.

As mudanças constantes e abruptas de fase deixam não só os associados, mas também os turistas inseguros. Ora, se os casos confirmados de Covid, e infelizmente também os óbitos, permanecem em franca ascendência, por que o Governo não projeta medidas de médio prazo?

A cidade de São Sebastião implementou ações que a tornaram referência no combate ao coronavírus e líder absoluta no isolamento, consequentemente registrando na cidade a menor taxa de ocupação de leitos nas UTI’s da região. Vale destacar a ação exemplar da Prefeitura Municipal, em parceria com os empresários.

Percebemos que não há um estudo minucioso sobre as regiões, equiparando cidades absolutamente distintas em suas realidades, como São José dos Campos e Taubaté, e que, portanto, deveriam ser melhor avaliados pelo governo estadual.

A atitude do Estado deixa claro o total descaso com uma classe que tem se dedicado tanto ao combate à pandemia, exatamente porque depende das suas portas abertas e seus estabelecimentos funcionando para sustentar sua família e seus funcionários. Como os empresários poderão honrar com suas responsabilidades em um local que sobrevive quase que exclusivamente da atividade turística?

Por fim, as pessoas precisam se conscientizar que a maior prevenção é a proteção individual (máscara), isolamento vertical, e seguir os protocolos da OMS, para evitar o agravamento da epidemia. É necessário que o poder público invista também em ações de fiscalização, contendo as aglomerações e festas particulares clandestinas que são o verdadeiro foco de disseminação do vírus. Não observamos nenhuma preocupação com o distanciamento e protocolos de segurança.

Em nome dos 45 associados da APHM-BR e de todos os demais empresários locais, salientamos que todos têm trabalhado para um turismo feito com responsabilidade, gerando emprego e renda para a população local, e proporcionando segurança para os turistas.

Maresias, além dos cinco quilômetros de praia, conta com áreas naturais e tem em seu entorno o Parque Estadual da Serra do Mar, abrigando rios, corredeiras, cachoeiras, Mata Atlântica – um destino perfeito para estar junto à natureza, sem aglomerações.

Solicitamos uma adequação urgente ao Plano para a região, apontando estudos que comprovam a necessidade das restrições impostas pela Fase Vermelha. Confiamos que o turismo responsável em natureza abundante certamente contribui para minimizar os danos de um ano tão triste para todos nós.

Atenciosamente, 

Diretoria da Associação de Hotéis, Pousadas, Bares e Restaurantes de Maresias.

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