Que tal pensar na formatação dos novos produtos turísticos ?

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Bayard Do Coutto Boiteux  (Com edição do DIÁRIO)*                              

Uma das ações que se faz necessária é pensar no novo formato de produto que vamos oferecer. Ter em mente que o confinamento trouxe muitos problemas e que o nosso novo consumidor é diferente. Para começar a tendência será evitar lugares cheios e aglomerações

Os deslocamentos serão feitos em pequenos grupos, muitos familiares e vão buscar espaços abertos que tragam tranquilidade e sustentabilidade. É a vez do ecoturismo e de programas com atividades conjuntas baseados em normas de higienização bem definidas com um atendimento muito mais voltado para uma verdadeira interação com os que nos visitam do anterior formalismo às vezes existente.

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A comercialização digital ganhará cada vez mais força com formas empreendedoras de vendas baseadas também na forma como as empresas se comportaram durante a pandemia com ações solidárias mas se mantiveram contato com seus clientes, fizeram um follow up para saber como estavam,  buscaram soluções para viagens reservadas e não esqueceram de momentos importantes como aniversários, por exemplo.

Por outro lado, haverá por parte do novo cliente uma preocupação muito grande com temas globais como sustentabilidade, proteção de grupos vulneráveis ou ainda de escolhas voltadas para novas opções de comercialização .

As agências terão que se reinventar e não poderão mais se especializar, pelo menos num primeiro momento em (turismo) emissivo ou receptivo somente  já que o turismo doméstico de curta distância será a bola da vez.

Os guias de turismo terão papel fundamental nas novas descobertas e deverão ser cúmplices na nova forma de viajar com a utilização de seus talentos em não só informar mas tranquilizar e animar.

Os produtos não serão os mesmos e já devem começar a ser repensados para que a cadeia produtiva sobreviva de forma unida e com um trabalho conjunto efetivamente e não mais de mera concorrência ou preço.

É hora de muita reflexão e simplesmente nos estruturar com solidez administrativa mas com vontade muito maior de sobrevivermos em tempos que não serão fáceis mas para os quais iremos encontrar soluções .

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*Bayard Do Coutto Boiteux é professor e escritor. Trabalha voluntariamente no Instituto Preservale e na Associação de Embaixadores de Turismo do RJ.

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