Vacation Homes, a hospedagem alternativa, superará a tradicional

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Ricardo Molina (*)

O mercado de Vacation Homes, que se caracteriza pela compra de imóveis por investidores que buscam retorno por meio do aluguel, é um dos que mais cresce no mundo. Em 2016, o segmento movimentou mais de US$ 100 bilhões. Só nos Estados Unidos, a quantia superou os US$ 25 bilhões. Segundo a Research and Markets, o mercado mundial de aluguel de temporada chegará a US$ 170 bilhões até 2019. O forte incremento está relacionado com o uso da tecnologia tanto pelos que procuram imóveis para alugar quanto pelos que os ofertam.

Se no passado os hóspedes buscavam imóveis em anúncios em jornais e revistas, agora todo o processo pode ser feito pela internet. Somente nos Estados Unidos, em janeiro de 2016, havia mais de 100 sites especializados em Vacation Homes e, de lá para cá, não param de surgir novos websites, blogs, aplicativos e mídias sociais focados nesse tipo de negócio. Somente os quatro maiores portais passaram, entre 2008 e 2015, de 300 mil para 3,9 milhões imóveis ofertados para aluguel por temporada, o que evidencia também o aumento da demanda.

Esse cenário propiciou uma quebra de paradigma, o que resultou na atração de pesados investimentos por parte dos grandes players do turismo, inclusive redes tradicionais de hotéis, como a Choice, que acaba de ingressar no segmento.

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A consolidação e a convergência são duas tendências-chave deste mercado. Por convergência, entende-se que há uma confusão entre as diferentes categorias tradicionais de hospedagem. O viajante convencional não está mais distinguindo claramente os meios de hospedagem da “economia compartilhada” – desde um apartamento urbano do Airbnb ou uma Casa de Luxo do Onefinestay (onde geralmente mora o anfitrião), até uma casa de férias em um destino turístico como praia ou estação de ski.

O viajante convencional não está mais distinguindo claramente os meios de hospedagem da “economia compartilhada

Como as Agências de Viagem On-line (OTA) incorporaram mais anúncios de Vacation Homes, as novas opções são facilmente comparadas e integradas às categorias originais. É justamente a convergência o principal fator que impulsiona a profissionalização da indústria. Há pouco mais de uma década, muitas Vacation Homes nem sequer ofereciam roupa de cama. Hoje, a expectativa dos viajantes é de um tratamento semelhante ao de um hotel, que proporcione as mesmas comodidades, desde shampoo e sabonete nos banheiros até wi-fi. Os melhores administradores de propriedades estão provendo essas amenidades para dar aos hóspedes o melhor de dois mundos.

Se as Vacation Homes atenderem essas expectativas, o crescimento da demanda se intensificará. A faixa etária de 18 a 44 é a responsável por esta tendência, de acordo com um estudo de 2015 realizado pela Phocuswright, segundo o qual cerca de 40% dos norte-americanos já se hospedaram numa Vacation Home. No entanto, mesmo com cifras crescentes, o mercado de aluguel por temporada ainda está subaproveitado pelo público-alvo, constituído de famílias ou grupos. Desse modo, não demorará muito para que a hospedagem alternativa seja mais utilizada que a convencional.

Molina_div(*) Ricardo Molina é autor do livro Como Ganhar Dinheiro com Vacation Homes e CEO da Talent Realty – www.talentrealty.com.br

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