Gol diz que tendência de queda de preços continua no 1º tri

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A companhia aérea Gol vê continuidade da tendência de queda do yield, que mede os preços de passagens, no primeiro trimestre de 2015, após o ritmo mais fraco da economia ter contribuído para uma queda anual de quase 9% no indicador durante o quarto trimestre.

Segundo o vice-presidente financeiro da Gol, Edmar Lopes, a queda foi compensada parcialmente pelo aumento da taxa de ocupação das aeronaves.

Graças à alta de 4,3% da ocupação no mercado doméstico, a receita por passageiro, Prask, caiu em menor proporção que os yields, com baixa de 4% de outubro a dezembro.

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Ainda assim, “a tendência de queda de yield permanece no primeiro trimestre”, disse Lopes.

Em teleconferência para comentar os resultados, executivos da Gol afirmaram que a companhia continuará ampliando a ocupação à medida que não conseguir capturar um yield maior em função do crescimento econômico do país, podendo inclusive fazer reduções de capacidade.

“Acontece que o mercado oferece yields máximos em função do ritmo de atividade… (Mas) o produto final que de fato nos interessa é a maximização do Prask, pela combinação de yields com ocupação”, disse Lopes.

A companhia tem destacado a menor demanda de clientes corporativos, que pagam preços mais altos de passagens, em meio à desaceleração da economia brasileira.

Com a tendência de queda dos yields, a Gol projetou margem operacional (Ebit) de 2 a 5% em 2015, considerando crescimento zero na oferta nacional de voos e dólar médio entre 2,95 e 3,15 reais, mas ressalvou que “a cada divulgação trimestral vai comentar a meta no sentido de revalidá-la devido ao cenário volátil”, afirmou o presidente-executivo da empresa, Paulo Kakinoff.

Analistas do Bank of America Merrill Lynch afirmaram que é mais provável que o cenário mais pessimista da empresa se confirme.

Preços do combustível

A Gol afirmou ainda que tem operado “mais leve” do ponto de vista de hedge de petróleo, passando a explorar mais operações de aquisição de combustível a preço fixo com entrega futura com seu principal fornecedor, a Petrobras.

Capacidade 

Em meio à meta da Gol de não elevar a oferta de voos domésticos em 2015, o presidente da Gol comentou que a companhia tem atuado no sentido de não reduzir nenhum de seus destinos, tendo trabalhado em cima da frequência dos voos.

“Em boa parte dos destinos, a Gol oferece mais que dois voos diários, isso permite a flexibilização da oferta no curto prazo”, afirmou.

No mercado de voos internacionais, a companhia admitiu a possibilidade de fazer redesenho da malha de voos, priorizando alguns mercados de maior demanda por conta da acentuada alta do dólar ante o real, mas acrescentou que a expansão no exterior continuará. (Reuters)

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