Para os solteiros: setor de turismo não está preparado para pessoas sem companhia

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Famílias e casais são o foco de agências e pacotes, que não levam em consideração estrutura para as boas recordações de pessoas que vão sozinhas

Em fevereiro deste ano, pesquisadores do Pew Research Center estudaram 2.6 mil solteiros, revelando que 60% dos entrevistados não estavam mais ou menos interessados em encontrar um parceiro ou parceira. Isso mostra que as pessoas que estão sozinhas pretendem seguir assim. O Brasil, hoje, possui cerca de 81 milhões de solteiros e 63 milhões de casados, de acordo com os últimos dados levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Mas o mercado está preparado para atender àqueles que não são um casal ou uma família?

Renata Guedes é fundadora da empresa Single Trips, focada em turismo para pessoas sem companhia. Ela fala mais sobre sua experiência pessoal e a forma como isso impactou suas escolhas profissionais. “Quando eu passei pelo término do meu relacionamento, acreditava que o mundo era feito somente para famílias e casais. Em qualquer lugar que fosse, um solteiro sofria algum ‘prejuízo’. Por exemplo, os cardápios de restaurantes eram voltados para duas pessoas, as embalagens sempre eram grandes, os apartamentos sempre espaçosos, etc”, lembra.

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Ela também ressalta que, há uns dez anos, por exemplo, permanecer num relacionamento estável significava que você teve um sucesso na vida. “Nós nem escutávamos o discurso de que é possível ser feliz solteira, de que a mulher tem o direito de escolher não ser mãe e por aí vai. Reflita quantas cobranças eram impostas porque o ‘correto’ era se casar e ter filhos? E detalhe, quantas vezes essas cobranças vinham de mulheres que eram infelizes no seu relacionamento, mas permaneciam porque a sociedade dizia como correto? Felizmente, o mundo tem mudado. Recentemente, os solteiros têm ganhado mais espaço, mas sabemos que ainda há uma luta”, destaca a empreendedora.

Foi com base nesse cenário que Renata criou a Single Trips. No fim das contas, o objetivo é que as pessoas não se sintam sozinhas e muito menos deslocadas em meio a um passeio onde todos possuem um parceiro ou uma parceira. A ideia é oferecer um serviço onde os solteiros tenham voz e espaço para ser o que quiserem, livres de amarras sociais e mais autônomos em relação a suas próprias vontades.

Para isso, basta o single (como é chamado o cliente que busca pela empresa) acessar o site da companhia e ver as opções disponíveis de programação. Escolhendo o roteiro que mais agrada, é possível garantir a vaga com o grupo em um clique. O diferencial é que a quantidade de pessoas por passeio ou viagem é pequena, fazendo com que a atenção pessoal seja maior e a integração com todos também.

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